sábado, 6 de maio de 2017

O emprego em Portugal continua a bom ritmo

A população empregada em Portugal tem vindo a crescer de forma consistente desde o início de 2013 como mostra o gráfico segundo dados divulgados pelo INE. A conjuntura tem sido favorável. As baixas taxas de juro ajudadas pelo BCE, o QE, o preço relativamente baixo do petróleo e um período pós-crise favorecem a economia portuguesa.




Nada resulta de mudanças profundas ou "reformas" do mercado laboral. A única mudança que aconteceu foi o aumento significativo do turismo que tem permitido a Portugal um saldo positivo da balança comercial (quando somados balança comercial de serviços + balança comercial de bens). O problema é que a balança comercial de bens continua deficitária em Portugal o que anula de maneira importante o bom comportamento da balança comercial de serviços.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

BCP - o maior problema na banca nacional

O BCP decidiu fazer um aumento de capital para poder devolver ao estado os cocos e cumprir os critérios apertados de rácios de capital. Pois bem, não é para investir ou reestrutar alguma coisa. Não é para investir noutros mercados. É para fazer face ao crédito malparado que é colossal e para manter a cabeça fora da água.

Não há qualquer tipo de novidade. O aumento de capital não é uma solução. É, sim, o adiar dos problemas que serão inevitáveis.

Veremos se no fim da história, não será o contribuinte a pagar pela má gestão.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

sábado, 24 de dezembro de 2016

Evolução do DAX, IBEX & PSI

Fica aqui a evolução de 3 mercados europeus, o DAX, o IBEX e o PSI. A 5 anos...


o mercado alemão à frente do mercado espanhol e do português.

A 1 ano...


verifica-se que a partir de meados do ano, as diferenças acentuaram-se.

Pode deduzir-se que o mercado alemão no longo e médio prazo é muito mais interessante do que o espanhol e o português.

Por enquanto, Portugal não atrai investidores apesar de tudo parecer bem quando se ouvem as notícias. Já quando se olham para números, a coisa muda muito.

Boas festas a todos...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O BCP fez novo mínimo histórico!

O BCP fechou hoje a 1.09 euros!





Constitui um novo mínimo histórico em fecho. Tudo permanece miserável neste banco. Como já tinha escrito neste artigo, as soluções são urgentes. Os políticos em Portugal estão mais preocupados com o seu futuro político e com o futuro da CGD querendo manter um banco público custe o que custar, pois isso permite-lhes manter mais facilmente o controlo da banca.

Os políticos na Europa não querem também mexer nisto. Bastam já os problemas com a banca italiana e as eleições em França e na Alemanha, ambas em 2017.

Associado a isto, a intervenção massiva do BCE mantém alguma serenidade antes da tempestade. Este conjunto de fatores fazem com que não se queira mexer mais em problemas da banca europeia a menos que seja inevitável. Enquanto isso, o BCP vai morrendo aos poucos.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Acima de 4%, o peso da dívida é brutal

Há cerca de 2 semanas que as taxas de juro a 10 anos da República Portuguesa estão acima dos 3.5%. Se continuar acima desses 3.5%, a situação está no limite. Acima dos 4% de maneira duradoura e começarão os verdadeiros problemas para Portugal dado o peso da dívida no crescimento.



Por enquanto, nem os agentes políticos portugueses, nem os políticos europeus nem o povo português querem falar do assunto. O muro está mesmo à frente e toda a gente faz de conta que não o vê. Arranja toda a gente. A realidade virá ao de cima. É só uma questão de tempo...


terça-feira, 15 de novembro de 2016

O Pib subiu 1.6% em termos homólogos

Boas noticias surgiram hoje. As estimativas rápidas do PIB para o terceiro trimestre revelam um crescimento de 1.6% em termos homólogos. Ficamos a saber que provavelmente, o crescimento do ano se encontrará algures acima do crescimento de 2014 mas abaixo do de 2015. Só com estes dados é dificil perceber qual é a tendência de longo prazo.


O que se verifica é uma grande volatilidade nas taxas de crescimento. Ora, positivo, ora negativo sendo que os crescimentos negativos são mais curtos e violentos que os períodos de crescimento positivos.

Resumo: verifica-se que o crescimento em Portugal é anémico há vários anos. Provavelmente, continuará assim enquanto não houver uma política clara durante um horizonte temporal significativo. Falta uma estratégia global e uma visão de longo prazo. A clivagem de políticas é agora mais significativa entre os 2 principais partidos em Portugal pelo que esse programa de longo prazo é ainda menos provável que nos anos anteriores.

E entretanto a bolha da dívida pública continua... até explodir