quarta-feira, 22 de junho de 2016

Os otimistas dizem que o BCP não pode cair mais do que 2 cêntimos...

Enquanto muitos tentam aproveitar os dias de sol e ir à praia, outros preferem ver os jogos de futebol do euro. Enquanto isso, o BCP continua o seu caminho lento e agónico para a decadência. A queda do BCP é estrondosa. Os media falam de dias de queda de 5 a 10% como se fosse uma normalidade. Parece que já se habituaram e essa anormalidade virou normal.

Comecemos por olhar para o gráfico semanal que se segue



Os minimos de 2012 foram recentemente ultrapassados. Aliás, muito recentemente. Tão recentemente que foi há menos de um mês. O BCP confirma assim que a queda ainda está para durar mesmo se alguns ressaltos importantes podem e devem acontecer. Em apenas 3 semanas, o BCP caiu um pouco mais de 30%. Não se vê da parte dos media, do governo ou de outras entidades públicas qualquer referência à situação. Normalmente diz-se que depois da tempestade vem a bonança. Neste caso acho que a bonança chegou antes da tempestade e a tempestade ameaça ser grande.

Olhemos agora para o gráfico diário


A vermelho está sinalizado o suporte dos mínimos de 2012 que foi quebrado de forma clara. O título confirma a tendência descendente neste horizonte temporal como no gráfico semanal e continua sob pressão enquanto não quebrar em alta a linha de tendência descendente. Mas uma quebra em alta dessa linha de tendência descendente não significará automaticamente uma inversão da tendência. Serão necessários outros sinais.

Por enquanto, o RSI está sobrevendido mas ainda não mostra sinais evidentes de divergência com o preço. A tendência descendente é, por isso, sã.

Comparemos agora a evolução do BCP no último ano quando comparada com a do indice português.



A azul está o BCP e a castanho o indice português. O BCP caiu muito mais do que o indice português o que mostra bem o estado atual do banco. Algo de muito grave se passou no banco. Algo de muito grave se passa no banco.

Como já referi noutro artigo, o BCP não escapará a uma das situações seguintes:

1) Falência encapotada por ajudas estatais ou de organismos internacionais. Ficamos à mercê de uma decisão política. .

2) Fusão ou aquisição com outra entidade a preço de saldo, pois ninguém quer o BCP como um todo. Essa fusão implicaria provavelmente uma sepração de ativos do resto do lixo que o BCP tem e que deve ser mais que muito.

Em qualquer dos casos, o BCP não poderá cair mais do que 2 cêntimos a menos que sejam utilizados certos artifícios legais como um reverse stock split.


O BCP vai mal. A banca em Portugal não vai nada bem e o país vai ressentir-se disso. Mas enquanto houver bom tempo, futebol, seleção e Cristiano Ronaldo tudo vai bem no campo. A fatura está a ser impressa. Falta saber qual é a data de pagamento e qual vai ser o seu valor.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

A performance do PSI

Fica aqui a performance do PSI 20 comparada com o DAX nos últimos 5 anos. A azul está o mercado alemão que subiu quase tanto como desceu o mercado português nesse mesmo período...