Como ainda ontem escrevi, já falta pouco para chegarmos aos 150% de divida pública em percentagem do PIB.
Ficam aqui os dados divulgados pelo Eurostat
Entretanto, num ano acrescentaram-se 12 mil milhões à dívida portuguesa.
O que encontrar neste blog expressa a opinião do seu autor e não deverá ser entendido como uma recomendação de compra ou venda ou uma sugestão de investimento.
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segunda-feira, 24 de outubro de 2016
domingo, 23 de outubro de 2016
O peso da dívida no crescimento
Fazendo cálculos rápidos sobre o crescimento e a evolução do défice constata-se o seguinte:
1) o défice público raramente tem sido inferior a 5 mil milhões desde o ano 2000 como mostra a tabela seguinte
2) o crescimento do PIB em termos nominais raramente tem excedido os 6 mil milhões. Ainda por cima, o crescimento tem sido negativo nalguns anos como mostra a tabela
Se estimarmos o défice público para os próximos anos em 6 mil milhôes (a média dos anos anteriores ficou bem acima disso) seria necessário Portugal crescer sensivelmente 3% ao ano para fazer face ao défice para não aumentar o peso da dívida (estimando uma taxa de juro próxima dos zero).
Como os 3% de crescimento são altamente improváveis, resta controlar o défice para não aumentar o peso da divida para os próximos anos.
Pouco provável, portanto, que a percentagem de dívida em relação ao PIB não aumente nos próximos anos. Caminhamos alegremente para os 150% de dívida em relação ao PIB. Um fardo demasiado pesado para o crescimento.
1) o défice público raramente tem sido inferior a 5 mil milhões desde o ano 2000 como mostra a tabela seguinte
2) o crescimento do PIB em termos nominais raramente tem excedido os 6 mil milhões. Ainda por cima, o crescimento tem sido negativo nalguns anos como mostra a tabela
Se estimarmos o défice público para os próximos anos em 6 mil milhôes (a média dos anos anteriores ficou bem acima disso) seria necessário Portugal crescer sensivelmente 3% ao ano para fazer face ao défice para não aumentar o peso da dívida (estimando uma taxa de juro próxima dos zero).
Como os 3% de crescimento são altamente improváveis, resta controlar o défice para não aumentar o peso da divida para os próximos anos.
Pouco provável, portanto, que a percentagem de dívida em relação ao PIB não aumente nos próximos anos. Caminhamos alegremente para os 150% de dívida em relação ao PIB. Um fardo demasiado pesado para o crescimento.
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
A luta dos taxistas, a educação e a saúde...
Qual a semelhança entre os taxistas, as escolas e o SNS? Existe pelo menos uma grande semelhança. Esses serviços, ao contrário daquilo que se possa imaginar não visam assegurar aquilo que a maior parte das pessoas pensa. A falta de concorrência nesses sectores não favorece os clientes. Favorece as corporações.
Quando se olha para a escola pública ou as unidades públicas de saúde e a sua distribuição ao longo do país, percebemos que a maior parte dos cidadãos recorre aos serviços públicos em detrimento do privado. Isto acontece por questões económicas, de resistência à mudança e por falta de recursos privados em muitas zonas.
Mas o problema não reside aqui. O problema reside no facto de que tanto nas escolas públicas como nas unidades de saúde públicas, os trabalhadores terem a garantia de obterem clientes independentemente da qualidade de serviço. Logo que existam pessoas na área deográfica adequada o que está, à partida garantido, têm garantia de ter os seus clientes. Para quê então, trabalhar melhor ou mais depressa?
A manifestação dos taxistas e uma certa revolta pelo comportamento que estes apresentaram no último dia de marcha lenta foram patentes. Esperemos que agora as pessoas se indignem contra o sistema público de saúde e educação que promovem monopólios geográficos (monopólios diferentes dos taxistas, mas monopólios) e favorecem a falta de qualidade desses serviços. Enquanto não puder existir uma verdadeira concorrência entre públicos e privados, resta promover a concorrência entre serviços públicos para garantir que o cliente é o elo mais importante desses serviços.
Liberalizar-se a escolha da escola e das unidades de saúde ao qual o cliente pretende recorrer é o desejável para garantir a qualidade dos respetivos serviços. Para quem defende o contrário, digo-lhe para ir fazer as suas compras no supermercado da sua zona de residência e não ao que ele mais gosta. Compre o carro no stand da sua zona de residência. Nem pense em comprar o carro que quer noutra zona de residência. Compra aquela marca e pronto. Afinal está na sua zona de residência como o hospital ou a escola.
Quando se olha para a escola pública ou as unidades públicas de saúde e a sua distribuição ao longo do país, percebemos que a maior parte dos cidadãos recorre aos serviços públicos em detrimento do privado. Isto acontece por questões económicas, de resistência à mudança e por falta de recursos privados em muitas zonas.
Mas o problema não reside aqui. O problema reside no facto de que tanto nas escolas públicas como nas unidades de saúde públicas, os trabalhadores terem a garantia de obterem clientes independentemente da qualidade de serviço. Logo que existam pessoas na área deográfica adequada o que está, à partida garantido, têm garantia de ter os seus clientes. Para quê então, trabalhar melhor ou mais depressa?
A manifestação dos taxistas e uma certa revolta pelo comportamento que estes apresentaram no último dia de marcha lenta foram patentes. Esperemos que agora as pessoas se indignem contra o sistema público de saúde e educação que promovem monopólios geográficos (monopólios diferentes dos taxistas, mas monopólios) e favorecem a falta de qualidade desses serviços. Enquanto não puder existir uma verdadeira concorrência entre públicos e privados, resta promover a concorrência entre serviços públicos para garantir que o cliente é o elo mais importante desses serviços.
Liberalizar-se a escolha da escola e das unidades de saúde ao qual o cliente pretende recorrer é o desejável para garantir a qualidade dos respetivos serviços. Para quem defende o contrário, digo-lhe para ir fazer as suas compras no supermercado da sua zona de residência e não ao que ele mais gosta. Compre o carro no stand da sua zona de residência. Nem pense em comprar o carro que quer noutra zona de residência. Compra aquela marca e pronto. Afinal está na sua zona de residência como o hospital ou a escola.
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Resistência nos juros a 10 anos
E assim vão os juros a 10 anos
Se partir acima dos 3.50% deverá chegar aos 4% sem dificuldade. Ainda bem que o BCE está no mercado. No caso deste se lembrar de sair, os juros explodem e o país fica novamente à deriva...
Se partir acima dos 3.50% deverá chegar aos 4% sem dificuldade. Ainda bem que o BCE está no mercado. No caso deste se lembrar de sair, os juros explodem e o país fica novamente à deriva...
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