Uma análise rápida aos últimos dez anos do ponto de vista das contas públicas mostra a desgraça na gestão das contas nacionais.
Comecemos por olhar para a evolução do PIB de 2005 a 2015
O PIB cresceu nesse período cerca de 20 mil milhões.
Durante esse mesmo período os défices acumulados foram de cerca de 115 mil milhões como mostra o quadro seguinte
A divida pública aumentou mais um pouco que o défice público, ou seja, cerca de 130 mil milhões
Entretanto, os políticos portugueses e os media falam com orgulho de um défice inferior a 3% do PIB. Nunca se falou de orçamentos que visam obter excedentes públicos. Nunca se viu o problema em profundidade. Estes números mostram o quanto são irresponsáveis os governantes e o quanto a população se desinteressa da economia tornando-se conivente com a situação. Portugal caminha alegremente para a próxima crise...
O que encontrar neste blog expressa a opinião do seu autor e não deverá ser entendido como uma recomendação de compra ou venda ou uma sugestão de investimento.
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domingo, 18 de setembro de 2016
terça-feira, 6 de setembro de 2016
Dívida? Quem vier a seguir que pague!
Fala-se muito no défice e muito pouco na dívida. O défice é importante por questões de cumprimento de normas de política europeia. Se olharmos só para esse valor em percentagem do PIB corremos o risco de ser facilmente enganados. Excluem-se um conjunto de operações para embelezar os números.
Olhemos para o seguinte gráfico
Não há dúvida sobre a tendência da dívida em vigor. Estável e a subir. Mesmo partindo do pressuposto que o Estado não queira pagar a dívida mas pague só os juros da mesma, a tendência é preocupante. Quando a intervenção do BCE deixar de existir, a ressaca vai ser brutal. Uma parte importante do PIB será para pagar juros.
Olhemos agora para este quadro:
Num ano, a dívida portuguesa cresceu mais de 12 mil milhões. Mesmo a pagar só os juros, estamos a acelerar contra um muro. É o resultado de défices ano após ano. Estamos a hipotecar o nosso futuro e continuamos como se nada fosse. O lema é quem vier a seguir que feche a porta.
Olhemos para o seguinte gráfico
Não há dúvida sobre a tendência da dívida em vigor. Estável e a subir. Mesmo partindo do pressuposto que o Estado não queira pagar a dívida mas pague só os juros da mesma, a tendência é preocupante. Quando a intervenção do BCE deixar de existir, a ressaca vai ser brutal. Uma parte importante do PIB será para pagar juros.
Olhemos agora para este quadro:
Num ano, a dívida portuguesa cresceu mais de 12 mil milhões. Mesmo a pagar só os juros, estamos a acelerar contra um muro. É o resultado de défices ano após ano. Estamos a hipotecar o nosso futuro e continuamos como se nada fosse. O lema é quem vier a seguir que feche a porta.
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