quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Acima de 4%, o peso da dívida é brutal

Há cerca de 2 semanas que as taxas de juro a 10 anos da República Portuguesa estão acima dos 3.5%. Se continuar acima desses 3.5%, a situação está no limite. Acima dos 4% de maneira duradoura e começarão os verdadeiros problemas para Portugal dado o peso da dívida no crescimento.



Por enquanto, nem os agentes políticos portugueses, nem os políticos europeus nem o povo português querem falar do assunto. O muro está mesmo à frente e toda a gente faz de conta que não o vê. Arranja toda a gente. A realidade virá ao de cima. É só uma questão de tempo...


terça-feira, 15 de novembro de 2016

O Pib subiu 1.6% em termos homólogos

Boas noticias surgiram hoje. As estimativas rápidas do PIB para o terceiro trimestre revelam um crescimento de 1.6% em termos homólogos. Ficamos a saber que provavelmente, o crescimento do ano se encontrará algures acima do crescimento de 2014 mas abaixo do de 2015. Só com estes dados é dificil perceber qual é a tendência de longo prazo.


O que se verifica é uma grande volatilidade nas taxas de crescimento. Ora, positivo, ora negativo sendo que os crescimentos negativos são mais curtos e violentos que os períodos de crescimento positivos.

Resumo: verifica-se que o crescimento em Portugal é anémico há vários anos. Provavelmente, continuará assim enquanto não houver uma política clara durante um horizonte temporal significativo. Falta uma estratégia global e uma visão de longo prazo. A clivagem de políticas é agora mais significativa entre os 2 principais partidos em Portugal pelo que esse programa de longo prazo é ainda menos provável que nos anos anteriores.

E entretanto a bolha da dívida pública continua... até explodir

sábado, 5 de novembro de 2016

BCP com queda superior a 60% desde o início do ano

O BCP caiu cerca de 65% desde o início do ano. A acção continua a perder valor e o fim dessa queda ainda não parece à vista. A banca portuguesa precisa de ser recapitalizada de forma sistémica e sofre de graves problemas. O mal parado na banca é colossal.

O gráfico semanal é assustador e mostra bem a perda de valor do banco


O gráfico diário é menos assustador mas mostra que a tendência continua descendente e que as perspectivas para o banco são más.


Do ponto de vista técnico, é provável uma visita a mínimos. Pelo menos é o que espero. Se faremos mínimos mais baixos, o futuro o dirá. Veremos que soluções serão tomadas sobre o BCP mas certamente este será dependente de outras entidades, públicas ou privadas. Aumento de capital, OPA, ajuda estatal ou limpeza de mal parado são algumas alternativas de que se fala há algum tempo.

Veremos que futuro nos reserva este banco. Por enquanto não há razões para esperar um final feliz..

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Evolução da dívida pública sem surpresas

A dívida pública portuguesa evoluiu durante o ano de 2016 de forma estável. Nos últimos anos a dívida pública tem aumentado em média de 10 a 12 mil milhões de euros. Este ano não foi excepção. Desde o início do ano e até setembro, a dívida pública aumentou em 9448 milhões de euros.




Enquanto isso, o crescimento do PIB deverá crescer cerca de 1%, crescimento este muito inferior ao do crescimento da dívida. Isto também ocorre conforme esperado.

Tudo na mesma, portanto. A bolha da dívida vai crescendo e ninguém se preocupará com isso enquanto o BCE mantiver a política atual. Quando esta mudar, chegará a hora de passar à caixa e pagar os juros dessa bolha.

Que a festa continue...