quinta-feira, 25 de março de 2010

A fraqueza da banca portuguesa...

Os bancos cotados no PSI 20 demonstram uma fraqueza constrangedora. Nenhum está positivo e nenhum está atractivo para compras no curto, médio prazo. Não vale muito a pena personalizar esta análise. Os gráficos falam por si.

Relativamente ao BCP e enquanto estivermos abaixo da resistência nos 0,85 euros não vale a pena olhar para ele. A seguir, temos resistência um pouco acima dos 90 cêntimos. As MAE indicam que o caminho é para baixo, pois a MAE de 50 dias cruzou em baixa a MAE de 200 dias há mais de 3 meses. A suposta linha de tendência descendente a azul no gráfico carece ainda de confirmação e mesmo uma quebra em alta desse nível não é suficiente para inverter a tendência do título.



Quanto ao BES, também não vejo nada de animador enquanto estiver baixo dos 4,55 euros. Após a activação do H&S invertido em Setembro do ano passado, voltou abaixo dos 4,55 euros e parece agora estar a lateralizar num range alargado entre esse nível de resistência e os 3,60 - 3,65 euros que são o principal suporte neste momento. As MAE de 50 e 200 dias apontam para baixo e só acima dos 5,35 euros (máximo de Outubro do ano passado) é que poderia pensar numa inversão de tendência. Não encontro, por enquanto, nada de positivo no gráfico.



A última análise recai sobre o BPI que também apresenta uma debilidade notória. As MAE de 50 e 200 dias apresentam o mesmo enviesamento que no BCP e no BES. Além disso, parece negociar num canal descendente tendo encontrado suporte na zona dos 1,80 euros. Enquanto este canal se mantiver intacto, não vejo razões para entradas longas no título. Temos muitas zonas de resistência acima do nível actual (encontro pelo menos 3) enquanto que o único suporte relevante está nos 1,82 euros.



Poder-se-á dizer que esta fraqueza da banca em Portugal está relacionada com a fraqueza relativa do PSI 20. Apesar de tudo, encontro mais aspectos positivos no nosso PSI 20 do que nestes 3 títulos. Estamos agora a negociar junto dos 8100 pontos sendo uma resistência de importância assinalável. Se é verdade que os gráficos reflectem o estado da respectiva empresa, então será lícito concluir que os principais bancos portugueses passam por sérias dificuldades.

Num momento em que se fala tanto no PEC e no sacrifício dos portugueses, não deixa de ser preocupante esta fragilidade relativa no sector da banca em Portugal o que certamente irá dificultar ainda mais as perspectivas de desenvolvimento do nosso país nos próximos anos.

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